O QUE É MELHOR, PREGAÇÃO OU ENSINO?

Na Grande Comissão identificamos 2 verbos importantes que parecem trazer as diretrizes de Cristo na grande tarefa dada aos discípulos, que são os verbos pregar e ensinar. Em Mateus o verbo evidenciado é o ensinar, “… façam discípulos… ensinando-os a guardar …“(Mateus 28:19-20 ), já em Marcos o verbo evidenciado é o pregar, “… pregai o evangelho a toda a criatura …“(Marcos 16:15).

Porém qual deles é o mais importante e qual deles deverá ser mais valorizado pela igreja? Vejamos:

 

Pregação

Apesar do conceito de pregação vir desde Gêneses através de Enoque e Noé, passando pelos profetas e arautos de Deus, é no capítulo 61 do profeta Isaías que o termo ganha a revelação do seu propósito criado por Deus.

Jesus interpreta e aplica o capítulo 61 de Isaías a si mesmo e revela que Ele foi ungido por Deus para “evangelizar”, ou seja, anunciar o evangelho ou anunciar a boa notícia de Deus. Mais tarde, na Grande Comissão, Jesus enfatiza a forma de como anunciar o evangelho trocando o verbo para Pregar ou Proclamar, no grego [KÉRUSSÓ] encontrado tanto no evangelho de Marcos 16:15 como no evangelho de Lucas 24:47.

Para a Igreja de Jesus, o que é mais importante é saber o que significa essa ênfase de Jesus e como Ele aplica a pregação do Evangelho ao longo das escrituras e que infelizmente, passa desapercebido de muitos o que é a pregação bíblica do evangelho nos moldes de Cristo.

Em primeiro lugar, a pregação necessita estar de baixo da unção de Deus para operar sinais e prodígios e isso é identificado como Jesus foi ungido em Isaías 61:1 – “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos“. Da mesma forma Cristo ordenou aos discípulos a forma que deveriam pregar o evangelho, ou seja, em conjunto com a manifestação do poder de Deus como registrado no capítulo 16:15-18 – “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem, em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão nas serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum, e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão“.

Em segundo lugar, vemos que a pregação como poder, do grego [DUNAMIS] é dinâmica, ou seja, significa que ela é um movimento, uma ação enérgica, que denota força com intensidade, porém rápida em durabilidade. Em outras palavras, é como se fosse uma bomba, uma dinamite, com grande poder de impacto, mas momentânea, circunstancial.

Por isso, o dom ministerial do Evangelista pressupõe alguém que proclama o evangelho de Jesus, com poder sobrenatural, de forma emergencial, capaz de mudar destinos em um encontro ou em apenas uma mensagem.

 

Ensino

Diferente da pregação que é dinâmica e circunstancial, o ensino é sistemático e pressupões o processo de aprendizagem, ou seja, não é curto e momentâneo, mas longo e demandará tempo.

A palavra aqui é [DIDASKÓ] que significa ensino dado por um mestre e pressupõe, como dito anteriormente, processo contínuo de aprendizagem e isto inclui a compreensão, a retenção, o exercício ou prática e a aplicação. Tudo isto exige tempo até que o indivíduo venha alcançar o conhecimento pleno.

Porém qual o melhor conceito, a pregação ou o ensino? E qual deles deve ser o mais valorizado pela igreja?

A resposta é que os dois foram criados por Deus para fins específicos, ou seja, a pregação é fundamental e insubstituível no ato da exortação e resgate e o ensino é o único meio capaz de levar um indivíduo a alcançar o conhecimento.

 

 

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Ev Ronaldo Santos

 

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